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Abertura da exposição CASA com a participação da performer Andressa Cantergiani apresentando INUNDAÇ


As ações que resultaram nesta exposição são inspiradas no estudo da deriva situacionista, e convergiram para um pequeno mergulho no território da cidade. Nesse sentido, “Casa” surge da experimentação da artista, e como resultado de sua observação “psicogeográfica”, enquanto exploradora de um determinado campo do espaço urbano.

Durante o percurso sobre as ruínas de uma casa, ao surgirem pistas de um possível habitante, a caminhante foi trasladada a um território além dos despojos e do aniquilamento do lugar. As camadas representativas da antiga habitação diluíram-se, deixando transparecer um outro eixo de moradia, que nada mais era do que uma passagem pelo porão, escamoteada por tapumes improvisados.

A narrativa do rompimento da artista com a racionalidade das representações dominantes do espaço, durante a ação, após nomear as ruínas, refazendo paredes e cômodos da antiga casa, ocorre com o encontro e reconhecimento do labirinto, reinventado pelo morador de rua, DANILO ANTONIO, a verdadeira moradia ali existente.

Não se trata da cartografia de escombros, ou dos restos de uma cidade em transformação, mas

​d​o mapa "psicoafetivo" de uma invenção incrustada na dobra do tecido urbano, alheia às interdições de margens e fronteiras.

“Casa”, de Luciana Mena Barreto apresenta uma instalação projetada como um espaço que irá transportar o visitante ao estado de suspensão da deriva, proporcionando-lhe um reconhecimento de terreno remoto, vivenciado nesse estado de afeto e dispersão próprio do extravio e dos encontros inesperados.

Andressa Cantergiani

(Brasil)

A artista multimidea e performer vive e trabalha em Porto Alegre. É formada em artes cênicas pela UFRGS/RS e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, onde realizou um projeto de performance, assunto no qual é pesquisadora desde 2005. Atualmente se interessa pelas linguagens da fotoperformance, videoperformance e ações ao vivo, onde aborda temas como desterritorialização, perda de indentidade, gênero, relação entre urbanismo, arquitetura e arte. Participou de algumas oficinas, conferências e e vivências importantes com diretores e cias de teatro, performance, cinema e fotografia tais como Thomas Leabheart , Marina Abramovic, Cristian Durvoort, Sergio de Carvalho, Fátima Toledo, Lucia Citterio, Ariane Mushkin, La pocha Nostra com Guillermo Gomez Peña e Escola Fluxo de Fotografia Expandida. Em 2014 realizou um curso de extensão na PUC/RS de curadoria, arte e educação e fundou a Galeria Península, galeria de arte contemporânea e espaço para experimentação artística.

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