Com o andaime e os lambes prontos, já posso considerar que a montagem vai dar vida à Casa que receberá Andressa e sua INUNDAÇÃO
"Cidadãos de todos os países, derivem! Dissolvam as fronteiras e destruam os muros de todos os tipos, das prisões e asilos aos condomínios residenciais fechados, dos shopping centers aos conjuntos habitacionais modernos!" (Internacional Situacionista)
A atualidade das palavras de ordem aqui citadas é destaque no prefácio da obra de Paula B Jacques (Apologia da Deriva).
Para Carlos de Andrade, derivar e "psicogeografar" são estratégias atuais para construção de novas territorialidades.
Derivar para que? O mais apaixonante neste movimento da metade do século XX, a Internacional Situacionista, é o antídoto proposto contra a monotonia das cidades estáticas, resistentes à transformação, homogeneizadas, construídas para o espectador passivo, qual seja, o andar sem rumo sobre o terreno urbano, criando jogos dos quais se participa.
Construir situações, ambiências momentâneas da vida, e transformá-la em uma qualidade passional!
É sempre oportuno destacar as práticas desses maravilhosos derivantes psicogeógrafos dos anos 1950-1960 que tratavam de relacionar arte com a vida, vida cotidiana, basicamente urbana, propondo vivificar a experiência da cidade, ambiente propício a práticas de participação.